Na terça-feira, dia 2 de setembro, uma audiência pública discutiu os problemas envolvendo o transporte dos atendidos pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), sobretudo nos casos das crianças e jovens que utilizam cadeira de rodas e têm mobilidade reduzida, e possíveis caminhos para solucionar tais problemas.
O evento foi uma iniciativa do Presidente da Câmara, Vereador Cristiano Gaioto, e contou com tradução em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) e transmissão ao vivo – a gravação pode ser assistida, clicando aqui.
Estiveram presentes os Secretários Municipais Cristina Puls (Assistência Social), Josélia Longatto (Educação) e Mauro Nunes (Saúde), os Vereadores Ademir Junior (Republicanos), Cinoê Duzo (PP), Daniella Campos (PP), Manoel Palomino (PSD), Marcos Franco (UB), Wagner Pereira (PL) e Wilians Mendes (PDT) – os quais também assinaram o requerimento que solicitou a audiência.
Também compareceram a Diretora da APAE, Roseli Souza, crianças e jovens atendidos pela entidade e seus familiares.
Como introdução, Cristiano Gaioto delineou um histórico da questão do transporte da entidade e seus convênios com o poder público para esse serviço. O presidente relembrou que anos atrás a Prefeitura havia disponibilizado um ônibus, via cessão de uso, para a APAE, o qual foi utilizado por aproximadamente dez anos.
Atualmente, continuou Gaioto, a APAE utiliza três vans adaptadas para cadeiras de rodas, doadas pelo governo estadual (há aproximadamente três anos). Tais vans (e a capacitação de motoristas e monitores) representaram uma melhoria no transporte, no entanto os veículos constantemente precisam de manutenção, ficando bastante tempo fora de uso devido à burocracia do poder público.
O presidente frisou ainda que o poder público precisava avançar mais na inclusão, transformando o discurso em ações práticas.
Em seguida, a Diretora da APAE, Roseli Souza, destacou que a questão do transporte envolvia sobretudo dois problemas: a quantidade insuficiente de veículos para atender aqueles alunos que precisam e a demora para as manutenções. Ela acrescentou que a APAE trabalha nas áreas de educação, saúde e assistência e que a parceria com o poder público precisa integrar cada vez mais essas três frentes.
Entre outros pontos, os presentes também falaram sobre a possibilidade de terceirizar esse transporte, para torná-lo mais eficiente; o descompasso entre o calendário da APAE e da Prefeitura, com relação a emendar feriados, por exemplo; a possibilidade de contratar ajudantes para os motoristas; e o fato de inclusão e acessibilidade serem direitos, e não favores.